18 abril 2016

Qual ponto é o ponto final?

Quando chega o ponto em que você sente um caminho vazio que vai da tua boca ao coração e você tenta preencher com a primeira droga que vê pela frente, seja com a fumaça de um cigarro, com o gole de uma bebida ou com meias palavras de um qualquer. Quando eu chego ao ponto de não me importar com o que eu mais me importava e nem se quer me assustar com idéias sabotadoras que surgem. Quando eu perdi a convicção que eu tinha antes. Amadurecimento junto ao rebelamento ou cansaço e empatia? Quando eu deixei de ser quem eu quis me tornar? Por que ficou tão fácil desistir de si próprio? Eu não consegui acompanhar o tempo ou ele simplesmente parou só para mim? Talvez eu tenha deixado minha coragem de baixo da cama, junto com os antigos monstros que me assombravam nas gélidas noites em que um abraço de mãe não era capaz de tampar os buracos semeados na minha mente, regadas por palavras diariamente ditas de quem nunca teve moral nenhuma. Acabaram apertando tanto o local ferido ao invés de deixa-lo respirar, talvez eu estivesse melhor se não fosse isso e ponto.



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