21 abril 2016

Fly over me, evil angel

Todo esse tempo acreditei estar no limbo do fundo do poço, mas foi quando eu te perdi que soube, sempre houve uma luz lá de cima, ela se foi depois de ti. Foi aí que descobri o quão fundo eu havia mergulhado quando te perdi. Me fez jurar naquela noite que eu iria continuar forte, viver a vida e não deixar ninguém me dizer como fazê-la. Irônico, já que você era quem me mantinha viva, quem me tirou da bruta existência e me fez viver de verdade. 
Me diga agora em quê devo acreditar se não me sinto mais viva, mas ainda sou capaz de sangrar. Até refaço nossos passos na estupida esperança de lhe encontrar e acordar deste pesadelo fúnebre. Meus motivos todos incluíam você, agora busco desculpas para evitar todos eles.
Quem vai me abraçar nas noites de chuva ou me receber com um sorriso de certezas que põe fim em todas minhas dúvida, me dizer que nenhum problema é tão grande quanto o tamanho do céu? E sabe o clichê "viva cada dia como se fosse o último",  naquela noite de outubro foi seu último. Na verdade o meu também, mas a diferença é que só o me coração continua pulsando para sobreviver, para manter o que restou da matéria em partes tocável, das sugestões que se foram junto contigo.
Nunca lhe disse adeus, e como não sei quando nos veremos novamente, então por hora  me resta dizer, durma bem meu anjo.    

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